O Virgolino tinha ganho a sua reputação de razoável enxertador de bacelos com determinação e trabalho. Por isso, ele era solicitado pelos donos das vinhas para fazer enxertia. Não era o mais desenvolto na tarefa, mas tinha feito o seu lugar de pertencer a um grupo especializado em que o Anselmo e o Russo eram distintos. Nos fins do Inverno e começo da Primavera lá andava o Virgolino pelas vinhas de quem o rogava. Juntamente com o seu ajudante para chegar os enxertos, ia percorrendo valada a valada e, ao encontrar um bacelo em condições, pousava o seu cesto de enxertia, pedia ao colega para limpar ao redor do bacelo, pegava na tesoura e cortava-o; com a sua navalha afiada, fazia depois o corte, afiava em cunha o garfo, enfiava-o na ranhura, atava com ráfia e uma pressão suave no garfo para ficar bem apertado; por fim, a sua prece de boa sorte. O ajudante aconchegasse com terra a sua obra. Mas o Virgolino era exigente. Como qualquer artista gostava de ser tratado com dis...
..Sem grandes pretensões e descuidado quanto baste.