No dia de Nunca, por um acaso indeterminado, o Passado e o Futuro encontraram-se na taberna do Presente. Este acaso só era indeterminado para os misérrimos iletrados, mas não incultos, como muitos de nós. Pelo contrário era já aproximadamente prevista pelos intelectos dos iminentes einsteins, a pensar à velocidade da luz. Eles preenchiam folhas com fórmulas de variáveis seguras e conhecidas assalganhadas com umas hipóteses, condicionantes e suposições que, ao atingiram um certo limite, deixam as conclusões em incertezas e probabilidades, oscilando já entre o descrédito e a fé. O Passado vinha carregado de manchas negras e inchaço das pestes, sumido pela fome e cicatrizes de guerras. Não admira que gerasse certo desencanto e condescendência, sendo recebido com resignação. O Futuro vinha com um ar enigmático, a roçar uma angústia disfarçada e uma segurança forçadamente contida. Armado de néons dissimulados e micro botões quase invisíveis, dava para ver que a imprevisibilida...
..Sem grandes pretensões e descuidado quanto baste.