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Barroca

Há uma tendência malvada, em muitas culturas, de nos rirmos das desgraças alheias. Sabemos que não há, geralmente, má intenção. Por isso, essa tendência é tolerada e passamos adiante. E, neste caso, é isso que pedimos. Que tolerem a malvadez em revelar o que aconteceu numa tarde de sol, nos finais de Julho, quando o Joaquim Poça e sua mulher Alípia regavam a sua parcela "assocalcada"de terreno hortícola nas encostas da Barroca. Ambos estavam bastante avançados na idade e as forças eram escassas. O Joaquim, com o seu cabaço, um balde de zinco na ponta de um cabo de castanho, descarregava a água do poço no rego de regar a pé. A gravidade encarregava-se de levar a água até à Alípia. Com a sua sachola, ia guiando e doseando a água para as diversas culturas espalhadas pelos calços pegados à barroca já seca. Alípia desesperava. A água que lhe chegava era escassa e irregular. Ia gritando para o Joaquim lá na ponta do longo calço de terreno para mandar mais água,...